A (IN)Justiça dos Exames de Aferição

Quero, através do blogue expôr uma situação, que quando tomei conhecimento me pôs em alerta para (mais) um problema que está a nascer no sistema de ensino português.
Quero começar por falar no objectivo das provas de aferição apresentado pelo Ministério da Educação, que é definido mais ou menos como "... avaliar o modo como os objectivos e as competências essenciais de cada ciclo estão a ser alcançados pelo sistema de ensino. A informação que os resultados destas provas fornecem mostra-se relevante para todos os intervenientes no sistema educativo,... Estes resultados permitem uma monitorização da eficácia do sistema de ensino, devendo ser objecto de uma reflexão ao nível de escola que contribua para alterar práticas em sala de aula, que assim podem e devem ser ajustadas de modo sustentado." (in http://www.gave.min-edu.pt/np3/7.html)
Ora se estas provas têm uma motivação e uma razão de ser, aparentemente, tão linear e simples, expliquem-me por favor, isto:
O meu sobrinho iniciou na sexta-feira passada, as provas de aferição, e chegou a casa entusiasmado com o assunto, logo quis contar tudo o que se tinha passado. Qual não é o meu espanto quando no meio da conversa ele diz que, os quatro ou cinco colegas "teoricamente" menos preparados da turma para passar de ano (vulgos "os mais burros") foram "aconselhados" pelo professor a não comparecer no exame, algo que, de facto, veio a acontecer.
Pergunto-me o porquê? Que influência poderia ter a má nota (se é que eles teriam mesmo má nota) nos resultados médios da turma?
Afinal isto é só para ter uma ideia da eficácia do sistema de ensino. Ou não será só isso?
Que ideias subjacentes poderão estar implicadas no acto deste professor? Será que ele já está a precaver-se contra o sistema injusto de avaliação dos professores através dos resultados académicos dos seus alunos, entre outros factores?
E será que isto merece um e-mail para o Ministério?
Por favor, dêem as vossas opinões, pois de momento não sei bem que pensar sobre isto?

Um bem haja a todos