sexta-feira, 25 de julho de 2008

Porque será?


Ultimamente distraio-me de mim mesmo, e quando acordo, apanho-me quase sempre com a mesma pergunta na mente: "Porque será?"
..... que o meu pai teve de adoecer desta forma?
.... que nunca tenho coragem para te dizer o quanto gosto de ti?
....que isto, e aquilo e o outro.....

Mas o que mais me afecta ultimamente é porque será que nunca tenho coragem de me confessar, de confessar a uma rapariga que gosto dela, que me atrai, que me estou a apaixonar.
Nos Açores, gostei de uma menina linda, fantástica, que em tudo me identificava com ela e nunca lhe disse que sentia isso, que pensava estas coisas acerca dela.

Agora, está de novo a acontecer.

Porque será?
Que tenho eu a perder?
Não sei.... ou talvez saiba. O meu à vontade ao pé dela, aquele sorriso ao passar no corredor, a possivel amizade que eu poderei perder se estes sentimentos não forem correspondidos.

Não sei porquê, mas sempre fiz isto.

Mas agora também não importa, agora nada importa.
Basta-me continuar a esconder-me atrás desta máscara até ser tarde demais, até já não ter importância, e por fim até já estar esquecido. Se não fosse a minha máscara, a muralha já há muito que tinha ruído.

Digam-me vocês porque será que isto acontece?
Digam-me se também vocês não acordam de um "sono acordado", sonhadores e se apanham a pensar.... "porque será?"

5 comentários:

Anónimo disse...

A vida é um permanente ponto de interrogação. Acho que todos nós já nos perguntámos , alguma vez,"porque será" e não encontrámos resposta.
Porque será que a dúvida continua presente no nosso espírito, mesmo quando atingimos aquela idade em pensávamos haver respostas para tudo?
Nunca há resposta para tudo e se isso é bom ou mau, também não sei responder. Mas não devemos deixar algumas perguntas importantes sem resposta, não devemos deixar a vida passar ao lado sem lhe deitarmos a mão.
Às vezes é preferível um desengano, a viver sempre enganado.
Quem sabe se nessa passagem pelos Açores não ficou alguém a perguntar: - porque seria?

Abraço.

Ana Camarra disse...

Concordo em tudo com o Atever, escolhemos caminhos, coisas, pessoas e ficamos sempre na dúvida se escolhemos bem ou como é que seria se escolha fosse outra.
Mas é assim, tire a mascara, arrisque, o que perde, se não der certo fica na mesma...
Se calhar tem uma surpresa boa.
Quanto ao pai, se já não for a tempo é triste, eui guardo o aleijão na alma de ter perdido o meu, mais cumplice que pai, amigo fraterno, mas tive a oportunidade com gestos e carinhos de lhe dizer adeus, mas ainda assim é uma magoa, um vazio que fica.
Tem de seguir para a frente...
Um abraço

As Chamas do Fénix disse...

Olá...

Vim parar até ao teu blog pelo do amigo Atever... chamou-me a atenção a pauta do teu logo uma vez que o meu post de hoje está realcionado com essa temática da musica.

O teu post dá realmente que pensar... as interrogações, as opções, as reflexões, os caminhos a passar, criar, ou ignorar... eu basicamente opto sempre por avançar... sou da opinião que prefiro arrepender-me de algo que fiz do que arrepender-me de ter deixado algo por fazer...

Um Abraço e vou volta

Anónimo disse...

Porque será? A resposta reside no porque do uso da mascara. Quem se esconde por lá, e porquê realmente Porquê...
Pensa nisso e responde-te a ti mesmo com honestodade. Tudo o rest fluirá.

L. B

Just a Girl disse...

O uso da máscara é um verdadeiro pau de dois bicos. Não podemos passar sem ela, que tantas vezes nos dá jeito. Mas como em tudo na vida, exige moderação. Em exagero acaba por isolar e tapar o que de nós resta.